A Bahia é o sétimo maior estado do Brasil e possui o maior PIB do Nordeste, segundo o IBGE. Com uma das culturas populares mais ricas do mundo, ela é um dos principais destinos turísticos nacionais e tem grande importância na história da formação do país.
História
A colonização na região começou quando Pedro Álvares Cabral aportou na Baía Cabrália, em 22 de abril de 1500. A primeira missa foi celebrada no local pelo frei franciscano Henrique Soares Coimbra, em 26 de abril do mesmo ano. A Bahia foi palco das principais decisões do futuro do território, hoje conhecido como Brasil, e desde o descobrimento foi alvo de invasões, revoltas e conflitos.
A ocupação dos colonizadores só foi intensificada a partir de 1549, como resultado do mau desempenho financeiro de Portugal após a crise dos portos. A ameaça de invasão por franceses também foi motivo para que o rei Dom João III optasse pela divisão do território em capitanias hereditárias.
A capital do estado, Salvador, foi fundada em 1549, tornando-se a primeira capital do Brasil. A cidade permaneceu no posto até 1763, quando a coroa portuguesa elevou suas terras sul-americanas ao status de Vice-Reino do Brasil, transferindo a capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro.
Economia
Desde a colonização, a Bahia sempre teve papel determinante na economia brasileira. O estado foi grande exportador de pau-brasil e produtor de cana-de-açúcar. Hoje, detém um dos maiores rebanhos de cabras do país e também é destaque na agricultura nacional com a soja, mamona, mandioca, milho e cana-de-açúcar.
Na Bahia ficam também as maiores e mais produtivas lavouras de cacau do Brasil. De igual importância estão os cultivos de sisal, coco e feijão. Ademais, o estado é um importante polo petroquímico, e da região ainda são extraídos, ouro, cobre, magnésio e manganês.
O povo baiano reflete a mistura de toda a colonização no Brasil e tem forte influência africana, observada na religião, nos costumes sociais, nas festas típicas e, principalmente, na culinária.
A colonização deixou marcas no patrimônio histórico, um dos mais ricos e diversificados do País. Na culinária, o sabor marcante é do dendê, um azeite adicionado na maioria dos pratos típicos de origem africana. Os símbolos da culinária baiana são o acarajé, as moquecas, mariscadas e o vatapá. São pratos que combinam frutos do mar e revelam um sabor peculiar, realçado pela típica pimenta nas suas mais diversas graduações. A riqueza culinária baiana é a responsável pela carne seca, o pirão e o cuscuz, todos de influência indígena.
Para além dos pratos típicos, o carnaval da Bahia também possui grande relevância na constituição cultural do estado. Ele surgiu por volta do ano de 1650, originalmente como uma festa popular de rua, mas a oficialização da tradicional comemoração só aconteceu em 1884. Desde então, a celebração se renovou por muitas vezes ao longo dos anos, adotando uma característica única, que atrai milhares de foliões de todo o mundo.
Renovando-se ao longo da história, o atual Carnaval de Salvador surgiu em 1950 pelos amigos Adolfo Antônio de Nascimento (Dodô) e Osmar Alvares Macedo (Osmar), que dão os nomes a dois famosos circuitos por onde desfilam os blocos. Inspirados por um desfile carnavalesco pernambucano que tocava frevo na Rua Chile, na capital baiana, os amigos tiveram a ideia de decorar um carro com adereços, instalaram alto-falantes e foram para a Ladeira da Montanha no domingo de Carnaval, atraindo milhares de pessoas, dando origem, assim, aos tão famosos “trios elétricos".
O carnaval de Salvador é uma das principais festas do Brasil, importante para o desenvolvimento econômico e turístico da Bahia. Ele está dividido em dois principais circuitos, o “Dodô" (Barra/Ondina) e o “Osmar" (Campo Grande), e tem duração de seis dias, começando na quinta-feira e terminando na quarta-feira de cinzas. A estimativa é que, em média, a festa reúna mais de 2 milhões de pessoas por dia.
A Bahia está entre os destinos turísticos mais procurados pelos turistas brasileiros em 2021, segundo uma pesquisa do Ministério do Turismo e do IBGE. O volume de atividades turísticas na Bahia avançou 48,4% de agosto de 2021 para julho de 2022, conforme o último balanço do setor divulgado pelo Instituto.
A capital Salvador tem muitas opções para quem quiser visitar o estado. Um dos locais mais conhecidos da cidade é o Pelourinho, bairro localizado no Centro Histórico de Salvador que possui um conjunto arquitetônico colonial, preservado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
A Bahia também possui uma das maiores faixas litorâneas do país, com mais de 3 mil quilômetros de extensão. São vários destinos turísticos, formados por praias paradisíacas. Um dos locais que mais desperta o interesse dos visitantes é Porto Seguro e seu distrito mais conhecido, Arraial d'Ajuda, que faz parte da rota conhecida como “Costa do Descobrimento".
Entre os outros locais mais visitados no estado estão Trancoso, a Ilha de Boipeba, Caraíva, Maraú e Morro de São Paulo, todos com excelente estrutura para os turistas, que vai desde resorts de luxo até às pousadas mais rústicas e acessíveis.
Ações Neoenergia
Atuante em todo o território da Bahia, a Neoenergia Coelba atende a uma área de pouco mais de 560 mil quilômetros quadrados formada por 415 municípios, que somam uma população de quase 15 milhões de habitantes. A estrutura local conta com 349 subestações, mais de 280 mil transformadores de distribuição e 4 milhões de postes de redes de distribuição.
Além de garantir e modernizar o fornecimento de energia elétrica em todo o estado, a Neoenergia tem alguns projetos que auxiliam na melhoria da qualidade de vida da população local. Um deles, por exemplo, leva energia solar a uma comunidade isolada, a Xique-xique, localizada em Remanso. O sistema foi pioneiro no Nordeste e é 100% sustentável, garantindo energia limpa às famílias da comunidade, através de microrrede de geração solar e armazenamento com baterias.
O estado também está envolvido no Projeto Vale Luz, que em 2022, reciclou 1,6 mil toneladas de resíduos nas áreas de atuação da Neoenergia Coelba, Neoenergia Pernambuco (PE) e Neoenergia Cosern (RN). A ação envolveu mais de 32 mil consumidores das três distribuidoras.
