Companhia atende às metas dos conjuntos de qualidade, além de manter despesas controladas abaixo da inflação

A Neoenergia divulgou, nesta segunda-feira (17), os resultados financeiros e operacionais do quarto trimestre e do acumulado de 2024. O lucro ajustado foi de R$ 1,4 bilhão no quarto trimestre, e de R$ 4,3 bilhões em 2024, em linha com 2023.

Em 2024, a Neoenergia aumentou os investimentos, garantindo a qualidade da entrega da energia, com disciplina de custos e controle das despesas operacionais abaixo da inflação em 4%, desconsiderando efeitos não recorrentes de 2023.

A companhia encerrou 2024 com Capex de R$ 9,8 bilhões, o que representa um crescimento de 10% em relação a 2023, concentrados em distribuição e transmissão com cerca de R$ 9,6 bilhões em investimentos. Já no quarto trimestre o Capex foi de R$ 3 bilhões, com alta de 26% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação à qualidade, as cinco distribuidoras fecharam 2024 enquadradas nos limites regulatório de DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Consumidor) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Consumidor), além de terem atendido à meta dos conjuntos estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Outro destaque foi o reconhecimento no Prêmio Abradee 2024, que elegeu a Neoenergia Cosern como a melhor distribuidora do Nordeste.

Para Eduardo Capelastegui, CEO da Neoenergia, mesmo com um cenário macroeconômico e setorial desafiador, 2024 foi um ano de resultados consistentes para a companhia. “Continuamos com a estratégia de crescimento sustentável, baseada em um plano de qualidade robusto e disciplina na alocação de capital com investimentos destinados principalmente em redes de distribuição e transmissão”, afirmou Capelastegui.

Dessa forma, a companhia manteve foco na maior resiliência das redes, incluindo a melhoria contínua do serviço de distribuição aos 16,6 milhões de clientes nas cinco concessionárias: Neoenergia Brasília (DF), Neoenergia Coelba (BA), Neoenergia Cosern (RN), Neoenergia Elektro (SP/MS) e Neoenergia Pernambuco (PE).

Balanço energético

O volume de energia injetada, incluindo geração distribuída, foi de 22.635 GWh, com crescimento de 2,1% no quarto trimestre, e de 87.218 GWh, com alta de 5,8%, no ano, em relação aos mesmos períodos do ano passado, respectivamente. O resultado foi influenciado por temperaturas superiores no primeiro semestre do ano passado, bem como pelo aumento da base de clientes.

EBITDA Caixa e lucro líquido

O EBITDA Caixa alcançou R$ 2,8 bilhões no quarto trimestre e R$ 10,6 bilhões no ano, em linha com 2023, pelos reajustes tarifários negativos na parcela B das distribuidoras e pelo fim do contrato de Termopernambuco, no segundo trimestre de 2024. A antecipação da operação comercial da usina foi autorizada, a partir de outubro do ano passado, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Neoenergia encerrou o quarto trimestre com um lucro líquido de R$ 852 milhões e de R$ 3,6 bilhões no acumulado de 2024.

Renováveis

No quarto trimestre, a energia eólica e solar gerada foi de 1.426 GWh, em linha com o mesmo período do ano anterior. No ano, a geração foi de 5.585 GWh, 7% acima em relação a 2023, verificada pela maior potência instalada dos complexos eólico Neoenergia Oitis (PI) e solar de Neoenergia Luzia (PB).  

Transmissão

A Neoenergia investiu cerca de R$ 4,1 bilhões em transmissão no ano passado, sendo 19% acima em relação a 2023, totalmente dedicados a construção de linhas e subestações dos lotes adquiridos em leilões. A companhia entregou os projetos de Itabapoana, Estreito e Paraíso, além de importantes trechos de Morro do Chapéu, Guanabara e Vale do Itajaí, adicionando cerca de R$ 300 milhões de nova Receita Anual Permitida (RAP) e fechando 2024 com R$ 1 bilhão de RAP. Com isso, a companha está perto de finalizar este ciclo de investimentos em 2025, quando atingirá cerca de R$ 1,9 bilhão em RAP.

Clientes

As cinco distribuidoras encerraram 2024 com 16,6 milhões de clientes. Em comparação a 2023, houve aumento de 292 mil consumidores, em torno de 2%.

Perdas

No que se refere a perdas totais, três distribuidoras estão abaixo do limite regulatório. Neoenergia Coelba (BA) registrou, no ano, percentual de 15,69% com trajetória de queda que se aproxima do seu limite regulatório de 15,44%.

ESG

Em 2024, a Neoenergia manteve o compromisso de avançar na gestão de aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG na sigla em inglês), mantendo foco nas 30 metas estabelecidas até 2030. Destaca-se a marca de mais de mil mulheres formadas pela Escola de Eletricistas desde o início da iniciativa em 2013. A companhia também se mantém em índices, como o ISE e o IDiversa, da B3, o que facilitou a contratação de R$ 10,7 bilhões em linhas verdes ao longo de 2024, 87% do total dos financiamentos desembolsados.