Usinas híbridas e associadas: inovação para otimizar a geração de energia
O combate às mudanças climáticas exige um maior uso de eletricidade gerada a partir de fontes limpas, como eólica e solar, para substituir os combustíveis fósseis. A troca de carros movidos a gasolina por modelos elétricos é um exemplo do que muda com a transição energética.
Para atender a essa demanda, é necessário ampliar a produção de energia renovável, além de aumentar a eficiência dos projetos que já existem. As usinas híbridas e associadas são uma inovação para impulsionar a geração com um custo menor.
O que são usinas híbridas?
A Central Geradora Híbrida (UGH) é uma instalação para a produção de energia elétrica utilizando a combinação de mais de uma tecnologia, entre elas, eólica e solar, hidráulica e fotovoltaica, entre outras fontes integradas.
Para que seja considerado híbrido, o projeto deve ter uma única medição e uma única outorga, que é a autorização concedida pelo poder público para o projeto. No setor elétrico, o órgão responsável pela concessão para as empresas de geração é a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Usinas associadas
As centrais geradoras associadas também integram duas ou mais fontes de energia, mas a diferença entre elas e as usinas híbridas está na outorga e na medição, que serão necessariamente distintas. As associadas obrigatoriamente compartilham a infraestrutura de conexão ao sistema elétrico de transmissão.
Para projetos se associarem estes devem, obrigatoriamente, serem de fontes distintas. Todavia, não há ordem estabelecida para a entrada em operação comercial ou para a obtenção da outorga. Quaisquer dos projetos poderão já estar em operação, sem prejuízo de uma associação posterior com o outro parque, desde que atendidos certos condicionantes, quais sejam: o parque que pretende se associar ao outro existente não poderá ter Contratos de Uso do Sistema de Transmissão (CUST) assinado e, deverá compartilhar as instalações de uso restrito de transmissão de forma que o ponto de conexão ao sistema de transmissão seja único.
Vantagens das usinas híbridas
Diminuição de custos e eficiência nas instalações dos projetos
A otimização do uso da rede elétrica é o principal benefício da geração de energia por diferentes fontes que compartilham a mesma infraestrutura de transmissão. Como a energia renovável é intermitente, dependendo da disponibilidade dos recursos naturais para a produção, nos momentos em que um deles não é suficiente, o outro pode suprir a demanda utilizando um “espaço ocioso" na rede de transmissão, sem necessidade de expansão da mesma.
Na integração de plantas eólicas e solares, enquanto as fotovoltaicas têm o melhor desempenho no meio de dias ensolarados, os ventos mais adequados para a geração de energia normalmente acontecem à noite porque, sem o sol, há uma mudança na temperatura que provoca a movimentação do ar. Assim, ocorre uma complementaridade entre as fontes.
Com isso, especialmente para as usinas híbridas, é possível também dar mais previsibilidade aos projetos renováveis, reduzindo a variabilidade da geração ao longo do tempo.
Regulamentação das usinas híbridas e associadas no Brasil
As regras para as usinas híbridas e associadas foram aprovadas pela Aneel no fim de 2021 e estão na Resolução Normativa No.954 do órgão regulador. O documento apresenta as definições das duas modalidades de usinas
Em 2022, a Agência realizou uma consulta pública para receber contribuições do setor e da sociedade na elaboração das normas de comercialização desses empreendimentos. A Neoenergia participou ativamente do processo.
O que é regulação do setor elétrico?
O objetivo ao definir regras e diretrizes para os serviços é que eles sejam eficientes, sustentáveis e haja condições favoráveis para a livre competição no setor elétrico, com equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade. A Aneel tem a responsabilidade de elaborar as normas para todos os segmentos — geração, transmissão, distribuição e comercialização —, além dos programas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), que promove a inovação, e de Eficiência Energética (PEE), para estimular o consumo consciente.
Complexo Renovável Neoenergia: primeiro projeto de geração de energia associada do Brasil
O primeiro projeto brasileiro a ter a associação aprovada pela Aneel foi o Complexo Renovável Neoenergia, com a associação de Neoenergia Chafariz (eólica) e Neoenergia Luzia (solar), localizado na Paraíba, reforçando o pioneirismo da companhia na transição energética do país.
O empreendimento integra 471,2 MW de capacidade instalada em 15 parques eólicos de Neoenergia Chafariz a 149,2 MWp em dois parques solares de Neoenergia Luzia. Os dois são conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) — que integra a produção e a transmissão de energia elétrica do Brasil — por meio da subestação Neoenergia Santa Luzia II e a respectiva linha de transmissão.
Ao todo, o projeto aportou na região cerca de R$ 3,5 bilhões em investimentos e pode gerar energia suficiente para abastecer aproximadamente 1,3 milhão de residências por ano.
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