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Subestações de Energia

20/08/24

Presente em todo o sistema elétrico, as subestações de energia desempenham um papel essencial para o correto e seguro funcionamento da rede elétrica. Nelas, a eletricidade gerada nas usinas é transformada, controlada e adequada para o uso residencial, comercial ou industrial.

O que são subestações de energia?

Definidas como um conjunto de equipamentos que ajusta os níveis de tensão entre a geração e os consumidores, as subestações de energia têm como principal finalidade realizar o controle correto da energia elétrica, garantindo a segurança na distribuição e fornecimento. 

Na prática, elas transformam tensão, protegem contra falhas, interconectam redes e monitoram o sistema elétrico para garantir eficiência e estabilidade. 

Sua composição física é formada por transformadores de potência, para-raios, disjuntores, barramentos, chaves seccionadoras, relés de proteção, sistema de aterramento e outros componentes elétricos, cruciais para o funcionamento contínuo da rede elétrica.

Origem das subestações de energia

As primeiras subestações foram construídas em 1882, em Nova York, mas apenas em 1930 com a utilização de transformadores e outros dispositivos, passaram a controlar a energia com melhor precisão, permitindo uma maior flexibilidade no gerenciamento da rede.

Com o passar do tempo e o aumento considerável da demanda, as subestações evoluíram e passaram a adotar tecnologias mais avançadas, que possibilitam maior confiabilidade no fornecimento.  

Como funciona uma subestação de energia

O funcionamento de uma subestação tem início com a chegada da energia elétrica de alta tensão vinda das linhas de transmissão. No centro da subestação ficam os transformadores, que regulam a tensão da energia elétrica para níveis apropriados. No momento em que a energia chega à subestação, esses transformadores a reduzem de alta tensão para média ou baixa tensão, adequada para distribuição local. Essa transformação é fundamental, pois a alta tensão, utilizada para transmissão eficiente em longas distâncias, não é segura para uso direto em residências e empresas.

         

Além dos transformadores, as subestações utilizam outros equipamentos auxiliares como disjuntores, seccionadoras e relés de proteção. Esses elementos proporcionam a segurança e a confiabilidade do sistema, permitindo o controle remoto e automatizado da energia. Os disjuntores, por exemplo, podem interromper o fluxo de energia em caso de falhas ou sobrecargas. Já os relés de proteção monitoram o sistema constantemente para detectar problemas.   

Outro equipamento essencial são os barramentos, que distribuem a energia transformada para diferentes linhas de distribuição. Esses barramentos conectam os diversos componentes da subestação e direcionam a energia para diferentes destinos com eficiência e segurança.
Por fim, a energia elétrica de média ou baixa tensão é enviada para linhas de distribuição que fornecem a eletricidade aos consumidores finais, completando o ciclo de transmissão. 

As subestações de energia atuam como pontos de conversão e controle que permitem que a energia elétrica seja distribuída de forma segura e eficaz, atendendo às necessidades residenciais, comerciais e industriais.

Tipos de subestações de energia

As subestações de energia podem ser classificadas de diversas maneiras, dependendo de sua localização, configuração e propósito. Essa variedade garante que as necessidades específicas de diferentes contextos e aplicações sejam atendidas de maneira eficiente e segura.

Quanto à função no sistema elétrico:

Transformadora: converte a tensão de suprimento para um nível diferente. Pode ser elevadora ou abaixadora.

De Distribuição: trata-se de uma subestação transformadora que diminui a tensão no nível de distribuição primária.

Subestação de Manobra: Tem como finalidade a interligação entre circuitos de suprimento sob a mesma tensão. 

Quanto à sua localização ou instalação:

Externas (ou a céu aberto): São construídas em locais amplos ao ar livre e requerem emprego de aparelhos e máquinas próprias para funcionamento em condições atmosféricas adversas (chuva, vento, poluição etc.).

Internas (ou abrigada): São construídas em edifícios de alvenaria ou metálicos que abrigam todos os seus componentes, protegendo-os das intempéries do tempo e até mesmo da observação da população.

Aéreas: Comumente localizadas nos postes de distribuição. Podem pertencer a distribuidora ou cliente. 

Móveis: Podem ser transportadas de um lugar para outro. São normalmente usadas em catástrofes naturais ou durante construções de novas infraestruturas. 

Offshore: Localizam-se nos mares ou oceanos e possuem como função o fornecimento de energia elétrica dos parques eólicos offshore para subestações instaladas em terra firme.  

Subestações na Neoenergia

Visando disponibilizar mais energia para as áreas atendidas pelas empresas de distribuição da Neoenergia, as concessionárias anunciaram, em suas respectivas localidades, o plano de investimentos que será executado entre 2024 e 2028. Os recursos anunciados contemplam obras de expansão, modernização e reforço do sistema elétrico das regiões.

A construção de novas subestações representa uma das iniciativas programadas. Só em Pernambuco, serão entregues 13 empreendimentos. Em maio, a companhia inaugurou a primeira do Estado totalmente abrigada, onde todos os componentes ficam na área interna do prédio. No total, foram investidos mais de R$ 50 milhões na nova subestação, considerada uma das mais tecnológicas do Brasil. 

Já na Bahia, o plano de investimento, lançado pela Neoenergia Coelba, prevê a construção ou expansão de 71 subestações. 

No Rio Grande do Norte, serão construídas quatro novas subestações em Extremoz, Natal, São Gonçalo do Amarante e Upanema. Outras 22, distribuídas por todo o estado, passarão por modernização até 2027.

Os novos empreendimentos irão assegurar mais continuidade e confiabilidade de energia para os clientes residenciais e setores diversos da economia que compõem a força e a diversidade da produção local: agronegócio, indústria, comércio, serviços e turismo.

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