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Neoenergia beneficia comunidades quilombolas na região nordeste

06/01/2022


 

Com ações sociais e ambientais, companhia contribui com promoção do resgate e do fortalecimento da cultura no Sertão da Paraíba 

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As terras quilombolas representam a manutenção da história e da cultura do país. Contribuindo com o fortalecimento das tradições, a Neoenergia está prestes a concluir um projeto que levou nos últimos dois anos diversas ações sociais e ambientais para 100 famílias das comunidades remanescentes de quilombos Santa Rosa e Serra do Talhado, no Sertão da Paraíba. A empresa vem promovendo, entre outras atividades, oficinas sobre identidade étnica, produção de cartilhas para resgatar a história das duas comunidades, implementação de coleta seletiva, capacitação profissional e a construção de novos espaços para a organização dos moradores e de barreiros para aprimorar a segurança hídrica. 

Todas as ações são realizadas com base nas demandas das próprias comunidades, valorizando o seu protagonismo e os modos de vida tradicionais. Os programas incluíram atividades de educação e gestão ambiental, geração de renda e desenvolvimento sustentável, além de valorização da cultura quilombola. As duas comunidades foram beneficiadas, por exemplo, com oficina para captação de recursos e elaboração de projetos, gerando autonomia a longo prazo. 

 

O nosso objetivo é de contribuir para o desenvolvimento das comunidades, oferecendo condições para incentivar a sua articulação com autonomia e respeito aos seus direitos. Além de promover iniciativas para aprimorar a gestão territorial independente, buscamos a valorização da cultura negra e o fortalecimento identitário dos grupos, para o resgate e a manutenção das memórias coletivas, diz Thomaz Toledo, superintendente de Meio Ambiente da Neoenergia. 

Com o intuito de estimular as práticas culturais e uma organização ativista dos moradores, a companhia construiu uma nova sede para a Associação da Comunidade Santa Rosa, localizada no município de Boa Vista e fundada no século XIX. De acordo com a presidente da organização, Edilene Monteiro Fernandes, antes, as reuniões eram realizadas nas casas dos moradores. Para nós, foi uma ação muito importante. Tivemos a valorização e o resgate da nossa cultura e, ao mesmo tempo, foi construída uma sede que vai ser a base muitos projetos e novas conquistas para a nossa comunidade. Um exemplo é que vamos poder comercializar nossas peças de louça e isso será mais uma fonte de renda, afirma. 

A fabricação de louças foi tema de uma das oficinas realizadas para os moradores da Santa Rosa. A comunidade recebeu, ainda, atividades sobre plantas medicinais e o desenvolvimento de uma horta comunitária. Essas ações foram desenvolvidas para dar mais produtividade ao trabalho já desenvolvido na região, mas sem desrespeitar os saberes e concepções locais. 

Na comunidade quilombola Serra do Talhado, em Santa Luzia, serão iniciadas as obras de recuperação e abertura de barreiros, com o objetivo de melhorar o acesso à água. A região integra o chamado “Polígono das Secas” e a escassez hídrica é um dos fatores responsáveis por trazer prejuízo à economia local, baseada na agropecuária, principalmente em atividades agrícolas e na caprinocultura. Além de reforçar a segurança hídrica, os moradores tiveram capacitação profissional, como o curso para produção de palma e outras espécies utilizadas como alternativa de alimento para o gado, para que sejam utilizadas como ração. 

Linha de transmissão 

Os estudos para definir as ações realizadas no projeto foram iniciados em 2019, a partir de consultas públicas com os moradores, tornando o processo mais transparente e demonstrando o protagonismo das comunidades. As ações fazem parte do plano de compensação da linha de transmissão Santa Luzia, adquirida pela Neoenergia no lote 6 do leilão 02/2017 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cuja operação foi iniciada no segundo semestre de 2021. As comunidades estão localizadas próximo ao trecho da linha entre Santa Luzia a Campina Grande, dentro dos limites estabelecidos pela Portaria Interministerial de número 60/2015. 

O empreendimento foi construído para reforçar o fornecimento de energia limpa no Nordeste e é o ponto de conexão de dois estratégicos projetos da Neoenergia no segmento de geração a partir de fontes renováveis, o Complexo Eólico Chafariz e o Complexo Solar Luzia, que estão em construção na mesma região. 

As obras do complexo eólico também beneficiaram a comunidade da Serra do Talhado com o apoio à Associação Comunitária das Louceiras Negras da Serra do Talhado, entidade formada por mulheres da comunidade quilombola que produz peças de barro, como panelas e vasos. Foi realizada a reformulação da identidade visual, dando maior visibilidade ao trabalho feito pelas artesãs, além de um curso sobre empreendedorismo. 

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