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Mario Ruiz-Tagle celebra aumento de demanda por energia limpa no Brasil durante “live”

23/09/20

Há mais de 20 anos, quando a Neoenergia iniciou as pesquisas para instalar os seus primeiros parques eólicos, a energia proveniente dos ventos ainda não tinha o protagonismo que se vê hoje na matriz energética brasileira. Agora, as previsões do setor elétrico confirmam o que a companhia já acreditava há mais de duas décadas: o futuro é das energias renováveis. Convidado pela plataforma especializada MegaWhat, o CEO da Neoenergia, Mario Ruiz-Tagle, celebrou o crescimento da demanda por energia limpa e discorreu sobre vários outros temas relevantes para o mercado. Veja os principais assuntos abordados na live, que contou com a mediação dos jornalistas Rodrigo Polito e Camila Maia:

MegaWhat: Como vê a perspectiva de crescimento das fontes renováveis?

Mário Ruiz-Tagle: Para nós, da Neoenergia, soa como uma música muito boa de escutar quando ouvimos falar sobre o crescimento das fontes renováveis. Somos parte do grupo Iberdrola, um grupo internacional com forte presença em energias renováveis. Começamos a navegar por esse caminho há 20 anos. Naquela época, éramos aquelas pessoas que falavam do vento, do sol, da energia eólica marinha, todas as coisas que agora formam parte do nosso dia a dia e que não param de crescer. Hoje, o mundo tem feito uma escolha muito clara: a maioria das empresas está migrando para uma cadeia produtiva sustentável, que, sem sombra de dúvidas, precisa de energia limpa. O Brasil é um país privilegiado na matéria-prima, tem água, sol, vento e tem outras fontes de energia.

Na Neoenergia, estamos focados nas energias renováveis e a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), no seu Plano Decenal, está conduzindo uma sinalização para os atores do segmento de geração de que o país vai precisar de energias renováveis que sejam eficientes e econômicas. Agora, por exemplo, estamos construindo dois parques eólicos da ordem de 1.000 MW, na Bahia, Piauí e Paraíba, e fizemos um acordo com a PEC Energia para adquirir um projeto com 400 MW adicionais, que está sendo desenvolvido e estará em nosso pipeline a partir de 2023 para iniciar a construção. Esse é o nosso core business. Para nós, falar de energia eólica, fotovoltaica e eólica offshore é falar do nosso dia a dia, o que fazemos para atender à demanda da sociedade do ponto de vista de geração de energia limpa, sustentável e que sirva para conter as mudanças climáticas.

MegaWhat: Qual a sua visão sobre oportunidades em novas fontes de energia?

Mario Ruiz-Tagle: O mais importante é nunca rejeitar uma tecnologia. Tem o hidrogênio verde, que, hoje, dada a aceleração na Europa, vai ganhar espaço. Três anos atrás, falar em hidrogênio verde não cabia no mundo real. Hoje, já começa a se falar porque tem uso em fertilizantes e produção pela dessalinização da água do mar. O grande conflito no futuro claramente vai ser a indisponibilidade de água e temos hoje uma fonte inutilizada, que é a água do mar. À medida em que a gente consiga utilizar processos, que a eletricidade consiga trazer a água do mar para água doce, a um custo razoável, ganha espaço para essa tecnologia.

MegaWhat: E qual a sua visão sobre mobilidade elétrica?

Mário Ruiz-Tagle: Nós já temos uma política de aquisição de veículos, na qual temos um projeto piloto de 30 veículos elétricos dentro da nossa frota. Temos pontos de recarga em todos os prédios da sede da companhia. Entendemos que o veículo elétrico é uma tendência que virá com força. Na Europa, hoje, ninguém mais pensa em carro a combustão. A juventude na Europa é muito sensível à questão ambiental e prefere andar de bicicleta, transporte público ou procurar outra via de locomoção.

MegaWhat: Qual vai ser o papel da distribuição com o crescimento do mercado livre?

Mario Ruiz-Tagle: Nosso core business é gerar redes necessárias e suficientes para o transporte de energia até o local do consumo final, seja uma indústria, uma residência, um comércio ou qualquer outro tipo. A distribuidora vai fazer um papel muito mais de operado. Imagina o que será a gestão de todas essas energias? A eólica, geração distribuída, veículo elétrico, bateria etc. O fluxo de energia vai mudar. Antigamente, quando um eletricista ia fazer o corte de energia elétrica, se preocupava somente com o cabo do lado do poste, porque da casa nunca vinha energia. Mas, se tem geração distribuída, agora tem que se preocupar com os dois lados. Esse é o primeiro protocolo de segurança: os dois cabos têm que estar encapados, é o básico. Tem que começar a fazer mudanças desde o nível básico para operações futuras.

Para assistir o conteúdo na íntegra, clique aqui e acesse.

 

 

 
 

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