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Forte das Cinco Pontas abriga história e cultura em Recife

20/08/20

​​​​​​O Forte de São Tiago das Cinco Pontas é um dos monumentos mais expressivos do patrimônio colonial brasileiro. Construído em 1630, durante a ocupação holandesa nas áreas em que hoje estão as cidades de Recife e Olinda, o espaço abriga o Museu da Cidade do Recife, que tem em seu acervo fotografias, mapas e fragmentos arqueológicos que representam a história da evolução urbana do Recife do século XVII aos dias atuais. O forte está situado no atual bairro de São José, próximo à antiga Estação Rodoviária de Santa Rita, e concorre em conjunto com outras 18 fortalezas brasileiras ao título de Patrimônio Mundial pela UNESCO. 

 

 

Embora o monumento tenha recebido o nome de batismo de Frederik Hendrik – Príncipe de Orange –, logo ganhou o apelido de Forte das Cinco Pontas, devido à sua forma pentagonal. Os objetivos mais relevantes da fortaleza eram os de garantir à população o suprimento de água potável, mediante a proteção das cacimbas (ponto vital para o abastecimento de água do Recife), e impedir que os navios inimigos circulassem pelas águas do rio Capibaribe e chegassem até a Barreta dos Afogados (através de uma passagem existente nos arrecifes), podendo, a partir daí, escapar com os barcos carregados de açúcar. 

 

No ano de 1654, porém, as forças de resistência portuguesa venceram as tropas flamengas e ocuparam o forte. Neste período, começou a primeira grande reforma da fortificação, reconstruída em pedra e cal e, agora, apenas com quatro pontas – sua estrutura original era composta de madeira, terra batida e barro. A obra terminou em 1684, quando a fortificação foi rebatizada de Forte de São Tiago, pelo fato de haver, em seu interior, uma pequena capela dedicada a São Tiago Maior, um dos seus santos padroeiros. Entretanto, o nome Cinco Pontas, já consolidado, permanece até os dias de hoje. 

 

Com a expansão de Recife, a fortaleza perdeu o sentido de defesa e passou a ter novos usos: durante os séculos XVIII e XIX serviu de depósito geral e prisão. No início do século XX, passou a abrigar a sede do Quartel General Militar, sendo tombada como patrimônio nacional em 1938. No fim da década de 1970, o forte sofreu outra grande reestruturação para sediar as instalações do Museu da Cidade do Recife, que se encontra no local desde 1982. 

 

O Forte de São Tiago das Cinco Pontas possui um pátio interno, várias celas com grades pesadas, feitas em ferro, e um túnel oculto, planejado para os holandeses fugirem, caso sofressem uma invasão. As muralhas da construção, por outro lado, se apresentam recortadas nos pontos em que aparecem os antigos canhões de bronze. É possível apreciar um belo portão na entrada da fortaleza, todo feito em madeira de lei, assim como suas portas e janelas. 


 

PROJETO QUE VALORIZA E PRESERVA 

 

E para somar mais beleza ao local, o Instituto Neoenergia, em parceria com a Prefeitura do Recife, instalou, em 2018, um novo sistema de iluminação no monumento, que valoriza a muralha da fortificação, cenário de batalhas entre portugueses e holandeses. A revitalização da fachada lança, literalmente, luz a um pedaço da história do Brasil Colonial e contribui para a preservação da memória artística e cultural do país. 

 

A revitalização promovida pelo Instituto Neoenergia valoriza a importância histórica do monumento. Além da preservação do patrimônio artístico-cultural, o recém-instalado sistema de iluminação em LED prevê uma economia no consumo de energia superior a 30%, em relação ao antigo projeto de iluminação. A fachada passa a ser iluminada por 66 projetores de luz que permitem a troca de tonalidades de cores, possibilitando o engajamento do equipamento urbano a datas comemorativas e sociais. Os postes ornamentais instalados no jardim do edifício também receberam novas lâmpadas eficientes. 


 

A entrega do projeto de iluminação do Forte das Cinco Pontas representa o compromisso do Instituto Neoenergia com os valores históricos, artísticos e culturais brasileiros, em consonância com a atuação desenvolvida mundialmente pelas Fundações do Grupo Iberdrola.​

 

 

 

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