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Como o Carnaval se tornou uma das maiores festas da diversidade
Conhecido como o maior espetáculo do planeta, o Carnaval se tornou uma das manifestações culturais mais diversas e inclusivas do mundo.
Originalmente ligada ao catolicismo, a festa foi ganhando novos rumos no século XX, na França, e hoje, além de ser o maior evento popular brasileiro, é um espaço de democracia, liberdade de expressão e acolhimento para todas as pessoas.
Originalmente ligada ao catolicismo, a festa foi ganhando novos rumos no século XX, na França, e hoje, além de ser o maior evento popular brasileiro, é um espaço de democracia, liberdade de expressão e acolhimento para todas as pessoas.
A origem do Carnaval
Ainda nos anos antes de Cristo (A.C), são encontradas manifestações que mais se assemelham ao Carnaval — festas repletas de comida, bebida, dança e uso de fantasias —, em lugares como Grécia, Egito e Roma antiga. Os motivos eram diversos, tais como a comemoração da fertilidade do solo, a chegada do verão ou em referência a deuses pagãos, as celebrações já tinham em comum uma caraterística bem conhecida nos dias de hoje: a união dos povos.
Na Idade Média, a igreja Católica adotou e oficializou o Carnaval em seu calendário. Na época a festa não durava apenas alguns dias, e sim em quase todo o período entre o Natal e o início da Quaresma. Hoje, a comemoração ocorre 47 dias antes da Páscoa, entre fevereiro e março, e dura apenas cinco dias.
Carnaval no Brasil
No Brasil, a festa que chegou no período colonial, influenciada pelos portugueses, hoje é uma das mais populares do país, onde teve a sua origem ressignificada, influenciada pelos costumes dos povos de origem africana e originários.
O Carnaval brasileiro que começou com o entrudo, foi crescendo e surgiram então os ranchos, corsos e escolas de samba. Essa transformação fez da festa um espaço mais democrático, símbolo da diversidade e sociabilidade política e econômica. É uma ocasião em que não importa idade, orientação sexual ou corpo. É um momento em que as pessoas deixam seus afazeres de lado e se reúnem para festejar, sendo também um dos mais importantes para a economia do país, que recebe milhares de turistas anualmente.
Curiosidade: De acordo com o Guinness World Records, o carnaval do Rio de Janeiro é o maior do mundo, com aproximadamente dois milhões de pessoas por dia. |
A junção de vários fatores é o que ajuda a tornar o Carnaval do Brasil um dos maiores do planeta. Entre eles, a parceria e incentivos de empresas privadas.
Em 2025, a Neoenergia se uniu ao primeiro bloco afro do Brasil, o Ilê Aiyê, em celebração aos seus 50 anos. Entre oito iniciativas culturais e sociais promovidas pela instituição, estão o Festival de Música Negra, a 44ª Noite da Beleza Negra e o desfile de Carnaval. O objetivo da parceria é apoiar a diversidade e promover a inclusão social.
Blocos de rua: diversidade e inclusão
Conhecido como uma festa para todos, o Carnaval se mostra cada vez mais um espaço de aceitação. A cada ano surgem mais blocos de rua, destinados a variados tipos de gosto musical, grupos da sociedade e adaptados aos seus locais de origem.
Além dos blocos destinados às pessoas LGBTQIAP+, a festa já conta também com blocos que buscam promover a igualdade e a importância da presença de pessoas com deficiência em todos os ambientes. Por meio de banheiros adaptados, intérpretes de Libras e audiodescrição, os foliões e seus acompanhantes ainda desfrutam de rampas de acessibilidade e áreas livres de obstáculos, pensados para garantir a circulação de pessoas com cadeiras de roda ou com mobilidade reduzida.
Escolas de samba: potência, legado e resistência
A base das escolas de samba surgiu nos anos 20, no Rio de Janeiro. Criadas por grupos com baixa renda, que habitavam o subúrbio, favelas e bairros cariocas, esse movimento apareceu, segundo o historiador Luiz Antonio Simas, juntamente com a luta dos negros por aceitação na sociedade urbana, ao mesmo tempo em que o Estado tentava disciplinar as manifestações culturais dos descendentes de pessoas escravizadas.
Com temas diversos, as escolas de samba, movimentos fortes de liberdade de expressão, luta e resistência, se fortalecem ao passar dos anos por meio de um legado, que passa de avós, para pais e filhos. Em seus enredos, elas abordam principalmente a cultura africana, e trazem ainda manifestações sobre política e homenagens a figuras importantes para a sociedade brasileira, junto com fantasias e personalidades emblemáticas, marcando a história do Carnaval em desfiles nos sambódromos locais.
Carnaval no mundo
O Carnaval está presente em cinco dos seis continentes e mesmo que adaptado a cada região, com objetivos e características diferentes, a celebração tem em comum o lúdico, a música, o uso de fantasias e os desfiles.
- Na África, a festa de maior destaque é no Benin e celebra, em janeiro, o Nosso Senhor do Bonfim;
- Na Ásia, a mais popular é realizada na Índia, onde em setembro ocorre o Festival Ganesh Chaturthi;
- Na Europa, se destaca a festa da França, da Espanha e da Itália (os famosos bailes de máscara de Veneza);
- Na Oceania, na Austrália, o Carnaval da cidade de Sydney é uma festividade marcada pela celebração do orgulho da comunidade LGBTQIAP+;
- Nas Américas, com exceção do Brasil, o destaque fica para as comemorações na Bolívia, na Colômbia, no México, na República Dominicana, em Trinidad e Tobago e nos Estados Unidos.
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