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Representatividade negra

A menina negra com sede de representatividade.

O ano de 2019 está chegando ao fim e se tem uma pessoa que pode afirmar que cumpriu uma meta importante é Danúbia Santos. Mulher negra, 33 anos, forte e com ideais muito claros de trabalhar com projetos sociais.


Aos 14 anos, Danúbia já fazia parte de movimentos sociais em sua comunidade com oficinas de teatro para crianças e adolescentes. Ela vem de um bairro periférico de Salvador, que transborda cultura, e tem sede de representatividade. A mesma representatividade que sentiu falta quando era criança tem sido motivadora de suas ações. 

Danúbia conta que as meninas negras, que nunca tinham visto os seus próprios cabelos em forma natural, hoje sorriem admiradas com a sua beleza. Isso vai além da estética. É empoderamento e transformação de vidas. 

É lugar de fala que ecoa na capital baiana e vem alcançando jovens negros de Sussuarana. Por meio da comunicação, da arte, da cultura e da produção, o Coletivo Negritude Sussuarana, do qual Danúbia é integrante, pretende dar suporte à formação desses cidadãos.

A questão racial sempre fez parte da sua vida e hoje é palco de realização. Ela vê um futuro de crescimento, fortalecimento e união, mas não se engane: há muitos desafios pela frente. Talvez, entender o que a comunidade, de fato, quer e precisa seja um dos maiores deles, afinal, o objetivo de Danúbia é contribuir verdadeiramente para a melhoria de vida dessas pessoas. Ela esteve no curso para ampliar as suas habilidades em projetos sociais e assim ajudar ainda mais a sua comunidade através da captação de recursos.

Danúbia quer mostrar que a "favela é potência e a gente pode conquistar vários espaços".