Neoenergia investe em estratégia de DSO, tendência mundial no setor de distribuição
O mundo está vivenciando cada vez mais transformações, como digitalização e a necessidade de descarbonização do uso da energia. As redes elétricas são essenciais para suportar esse progresso e, com isso, as distribuidoras de energia ganharão novas funções. Geração e armazenamento distribuídos, veículos elétricos, medição inteligente e automação são elementos do setor elétrico do futuro. Alinhada à tendência global, a Neoenergia investe na transição entre ser uma Operadora de Rede de Distribuição – DNO, na sigla em inglês – e tornar-se uma Operadora de Sistema de Distribuição, a chamada DSO. Essa mudança irá acelerar adoção das novas tecnologias e seus benefícios para os 14 milhões de clientes das concessionárias do grupo – Coelba (BA), Celpe (PE), Cosern (RN) e Elektro (SP/MS).
O projeto Energia do Futuro, que está sendo concluído pela Neoenergia na região de Atibaia, em São Paulo, é um exemplo brasileiro desse novo modelo na distribuição, em que o uso das novas tecnologias e a geração distribuída alteram o fluxo da energia e exigem uma gestão mais avançada. A companhia também desenvolve tecnologias para descarbonização, eficiência energética e digitalização das redes no arquipélago de Fernando de Noronha.
“Em DSO, estamos falando em fluxos multidirecionais de energia e, para orquestrá-los, a digitalização é uma necessidade. Para isso investimos em automação, medição inteligente, sistemas de tempo real, big data e analytics. Com essas tecnologias, acreditamos que as redes elétricas podem ser uma plataforma integradora para as cidades inteligentes do futuro, e os benefícios se estendem a toda a sociedade", afirma o superintendente de Smart Grids da Neoenergia, Heron Fontana.
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
Se antes a energia era fornecida apenas pela concessionária, agora, os consumidores podem produzi-la, como é o caso, por exemplo, da geração através de painéis fotovoltaicos instalados nas residências. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a fonte solar distribuída teve uma expansão de 1,4 GW em 2019, um crescimento superior a todas as fontes centralizadas, com exceção das hidrelétricas. Portanto, o modelo DSO inclui um sistema de medição mais sofisticado, que registra, além da energia entregue, a que o cliente gera, exigindo tecnologias inteligentes de comunicação e controle.
No projeto Energia do Futuro, foram instalados 242 painéis solares na região de Atibaia, através do Programa de Eficiência Energética, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Até o fim do ano, a Neoenergia também vai concluir a instalação de 75 mil medidores inteligentes, equipamentos que permitem a leitura bidirecional do fluxo de energia. Esses equipamentos fazem ainda a comunicação direta entre a unidade consumidora e a concessionária, possibilitando a detecção de interrupções e o restabelecimento no fornecimento de forma automatizada, além de permitir o acompanhamento do consumo diário pelos clientes através dos portais de atendimento. Para garantir a comunicação desses dados com mais eficiência e segurança, a companhia implantou a primeira rede celular 4G privada entre empresas do setor elétrico na América Latina.
“A digitalização proporciona uma nova experiência aos clientes, mais eficiência energética e qualidade, reduz perdas e contribui para a descarbonização do uso da energia, que é uma meta da Neoenergia no combate às mudanças climáticas. No futuro, também o compartilhamento da infraestrutura de comunicações e de informações operacionais poderá contribuir para a melhoria de outros serviços públicos", diz Fontana.
ENERGIA LIMPA
O modelo DSO inclui também a capacidade de gerir e medir os fluxos de energia considerando a intermitência das fontes eólica e solar, que estão em crescimento no país. Segundo o Plano Decenal da EPE, em 2030, as duas devem representar 16% da capacidade instalada no país – atualmente, são 11%. Alinhada ao planejamento energético nacional, a Neoenergia deve expandir a sua carteira nas duas fontes nos próximos anos, priorizando a geração de energia limpa e renovável para contribuir com a descarbonização da economia. Até 2022, a capacidade instalada de energia eólica do grupo no país vai triplicar, atingindo 1,6 GW.
A companhia investe em projetos de desenvolvimento de novas tecnologias com um viés sustentável em Fernando de Noronha. A primeira etapa da iniciativa foi a instalação de duas plantas solares, com capacidade de atender a 10% da demanda do arquipélago. Outras ações são a substituição de medidores por modelos inteligentes, a construção de um posto de abastecimento e uso de veículo elétrico, além da instalação de uma planta de armazenamento de energia para maximizar a utilização da geração solar. Estas iniciativas foram desenvolvidas através dos programas de Eficiência Energética e de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
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