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Neoenergia promove ação inédita no setor com Escola de Eletricistas para mulheres
Incentivar o aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho do setor elétrico e promover a equidade de gênero são os objetivos do projeto Escola Eletricistas para mulheres, realizado nas distribuidoras da Neoenergia na Bahia e em Pernambuco, Coelba e Celpe, respectivamente.
Desde a sua criação, em agosto de 2019, foram mais de 20 mil inscritas para o curso profissionalizante, que tem disciplinas teóricas e práticas, com duração de até sete meses e carga horária de 596 horas. O número de interessadas demonstrou a vontade de atuar em um setor que hoje é representado por aproximadamente 22% da força de trabalho feminino no Brasil, segundo estudo apresentado em 2019 pela Agência Internacional de Energia Renovável.
A eletricista pernambucana Wedja Dayane Gonçalves, 24 anos, é um exemplo do impacto gerado pela oportunidade de desempenhar uma nova profissão. Hoje, cursando engenharia, ela conta que quando decidiu se inscrever na Escola de Eletricista a sua família ficou apreensiva, mas apoiou. “Ser eletricista mudou muita coisa na minha vida. Eu pude apoiar financeiramente a minha família. Profissionalmente, consegui entrar na faculdade e de engenharia e, como realização pessoal, comprei o meu apartamento", conta ela.
“Estimular a presença de mulheres em uma atividade ainda vista como masculina não só amplia a oportunidade no mercado de trabalho, como também apoia a constante busca pela equidade entre gêneros. A igualdade e a diversidade agregam valor e iniciativas como essa podem mudar o mundo", conta Régia Barbosa, superintendente de Desenvolvimento Organizacional da Neoenergia.
A novidade gerou uma série de desafios para a própria empresa ao se deparar com questões como gestão das equipes considerando a licença à maternidade e demandas femininas em campo, como a necessidade de incluir banheiros femininos, entre outros fatores que geram cada vez mais aprendizados à companhia.
Os clientes também são impactados pela mudança. A eletricista da Elektro, em Limeira (SP), Selma Mendes, 33 anos, conta que quando está trabalhando é abordada por diversas pessoas. “Na rua as pessoas sempre perguntam como é ser uma mulher eletricista. Às vezes, se espantam. Uns perguntam por curiosidade e outros querem saber mais sobre a profissão e as oportunidades.".
Nas concessionárias sediadas no interior de São Paulo e no Rio Grande do Norte, as alunas têm a oportunidade de realizar o curso de eletricistas em turmas mistas. A ideia é que até o fim deste ano, pelo menos 200 mulheres sejam capacitadas a exercer atividades em instalações elétricas prediais e nas redes de distribuição de energia.
Todas as candidatas são submetidas a um processo seletivo que conta com prova escrita (português, matemática e redação), avaliação psicológica, teste prático, além de entrevista para avaliação de perfil.
“Ao expandir a participação feminina, rompemos com padrões sociais. A experiência prática nos revela que para incentivar o interesse na função de eletricistas, primeiro as mulheres precisam se sentir representadas. Atualmente, as 36 eletricistas mulheres na Neoenergia foram capacitadas por meio de nossas turmas mistas. Ao serem contratadas, recebem os mesmos salários e benefícios da força de trabalho masculina", conclui Régia.
A estudante Aline Alves Santos, 25 anos, já se sente as transformações que a nova oportunidade pode trazer para a sua vida. “Eu acredito que eu posso ser mais, esse curso de elétrica é o início. A Escola de Eletricistas está abrindo portas e me fazendo acreditar que eu também consigo fazer coisas que talvez antes eu achasse que "olha, ali não é pra mim, não". Eu consigo ver hoje que lugar de mulher é onde ela quiser.", afirma ela.
Além de desenvolver e fortalecer a formação profissional técnica qualificada com foco em segurança, a ação faz parte do compromisso do grupo Neoenergia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que colocam a Igualdade de Gênero como uma das grandes metas globais a serem atingidas até 2030.
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