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O mago das plantas
Há mais de 5 anos, José Hypólito Piva adotou centenas de filhas. Isso porque ele cuida de suas 250 espécies de plantas como um verdadeiro pai.
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Sabe aqueles cuidados de pai para filha? Saber que ela não gosta de cebola, que odeia acordar cedo, que adora o bico do pão francês? Pois são esses esmeros de pai que o botânico José Hypólito Piva reserva às cerca de 250 espécies cultivadas no Viveiro de Mudas do Assentamento São Pedro. Saem de lá por ano 600 mil mudas para suprir os programas ambientais da Usina Hidrelétrica Teles Pires e municiar os programas de recuperação de nascentes e de unidades demonstrativas do Projeto de Revitalização do Assentamento São Pedro (PRASP). De quebra, o viveiro doa mudas para projetos de reflorestamento de municípios como Paranaíta e Alta Floresta, ambos em Mato Grosso.
Mais do que um profundo conhecedor da flora amazônica – tem vários trabalhos publicados sobre o tema –, Piva é um apaixonado pelas espécies da região, e se sente feliz como um mateiro quando adentra a floresta para visitar suas “filhas” e colher novos exemplares para o viveiro. “Temos aqui espécies que podem sobreviver três ou quatro meses dentro d’água, como a genipa spruceana (um tipo de jenipapo), e outras que aguentam sequidão extrema, como o pau-viola”, ele descreve, enquanto vai passeando pelos canteiros do imenso viveiro.
Piva é um dos responsáveis pelo programa de monitoramento de flora da UHE Teles Pires e vem acompanhando há mais de cinco anos as espécies na área de influência da usina. Há algumas, como a castanheira e o mogno, que estão na lista de ameaçadas de extinção. “Dentro da área coberta pelo programa de monitoramento da UHE Teles Pires só temos um pé de mogno. E, na região, não temos mais do que 15 exemplares. Por isso produzimos aqui mudas de mogno, para repovoar a região. É um trabalho fundamental”.
Piva é um dos responsáveis pelo programa de monitoramento de flora da UHE Teles Pires e vem acompanhando há mais de cinco anos as espécies na área de influência da usina. Há algumas, como a castanheira e o mogno, que estão na lista de ameaçadas de extinção. “Dentro da área coberta pelo programa de monitoramento da UHE Teles Pires só temos um pé de mogno. E, na região, não temos mais do que 15 exemplares. Por isso produzimos aqui mudas de mogno, para repovoar a região. É um trabalho fundamental”.
E Piva vai percorrendo os canteiros, com seus cuidados de pai. Do pinho cuiabano, fiquem todos sabendo, pode-se dizer que é uma planta de platô, de área seca, com a semente tida como ortodoxa, de flor amarela jeitosa e perfumada, e que pode alcançar até 40 metros de altura. A já citada genipa spruceana tem como parenta próxima a genipa americana que, ao contrário da spruceana, cujo fruto é pouco aproveitável, produz frutos capazes de gerar sucos e licores admiráveis. Mas são as mudas de mogno que merecem mais atenção do mago das plantas – a espécie pode chegar a mais de 50 metros de altura e quase seis metros de circunferência.