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Histórias de empreendedores sociais

O lugar da mulher é de liberdade.

Três filhas, 32 anos e muitos sonhos e desafios. Empreendedora social e cultural, negra, da periferia soteropolitana. A construção de vida de Renata de Jesus foi participando de movimentos sociais negros e feministas. Transformar a realidade a faz vibrar.

Renata descobriu cedo que a maternidade muitas vezes é um lugar solitário. É um momento de autoconhecimento, de se entender como uma nova mulher, de despertar de um outro lugar. Grávida da terceira filha, se viu com dificuldade de voltar para o ambiente profissional padrão: sair pela manhã e voltar somente à noite, enfrentar ônibus lotados e horas extensas de trabalho. Descobriu também que poderia aliar sua atuação profissional à militância social e à criação das suas filhas. Afinal, diferente do que ela pensava inicialmente, empreendedorismo não é só vender produto ou serviço. O empreendedorismo social não é necessariamente isso. E Renata tem se qualificado em cursos desse assunto. Foi assim que ela se sentiu liberta para ser uma empreendedora social. Foi quando seu horizonte se abriu para unir a sua paixão ao empreendedorismo.

Alinhado ao seu ideal de ver um mundo mais leve para as mulheres, Renata e outras 3 amigas se juntaram para ajudar outras pessoas, principalmente, mulheres que são mães, negras, profissionais que querem se reposicionar em um mercado de trabalho que pode ser cruel e permeado por uma sociedade que renega as mães enquanto mulheres para que estejam “somente” ao lado dos filhos. Pensando nisso e nos diversos contextos sociais, elas criaram uma rede fortalecida e costurada pelo empoderamento que potencializa a força feminina.

A Rede Mainhas é formada por essas quatro mulheres que trabalham com produção cultural, incentivando a arte e que se conheceram em um curso de empreendedorismo. De acordo com Renata, boa parte das  mulheres, quando se tornam mães, adentram o caminho do empreendedorismo. É o renascimento da mulher, da artista, da profissional, de verdadeiras potências. 

Renata é exemplo para as suas filhas. Para ela, "mulheres quando se juntam são capazes de mover muitas coisas". E é assim, em uma rede colaborativa, que ela se sente motivada para continuar impactando pessoas a seu redor. 

Pela janela do futuro, Renata já enxerga um espaço para todas essas mulheres com loja colaborativa, coworking, local para eventos dentro da temática, cursos. Um lugar para onde as mães possam levar os seus filhos e crescerem junto com eles.

O mundo das filhas de Renata será um mundo de uma autonomia maior para as mulheres graças a pessoas como ela, que outras tantas continuem batalhando e usufruam do que as antecessoras conquistaram, com menos violência e mais liberdade para exercerem o que quiserem.