Instituto Neoenergia divulga vídeos de ações do Projeto Coralizar em Pernambuco

20.12.2024 13:13

A metodologia inovadora de restauração, manutenção e adaptação de recifes de corais em Pernambuco, conduzida pelo Projeto Coralizar do Instituto Neoenergia, ganhou dois novos registros audiovisuais. Nos vídeos, a instituição apresenta detalhes das ações conduzidas nos municípios de Tamandaré e Ipojuca, reforçando a importância da preservação desses animais.

Eles são fundamentais para o equilíbrio da biodiversidade marinha e vêm sendo muito impactados pelas mudanças climáticas. Com o aumento da temperatura dos oceanos, essas espécies podem praticamente desaparecer até o final do século. Por meio do Coralizar, o Instituto Neoenergia quer contribuir para que  a agenda de preservação dos corais se torne uma prioridade no Brasil.

Nas gravações divulgadas pela instituição é evidenciado o processo de manejo ativo e transplantação de fragmentos de corais promovido pelo projeto, localizado dentro da Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais (APACC), em Pernambuco, maior unidade de conservação federal marinha costeira do país.

As perspectivas do Coralizar são complementares às ações do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Ambientes Coralíneos e passam pela promoção dos objetivos da ONU 2030 para atender as perspectivas da Década dos Oceanos e da Década da Restauração dos Ecossistemas.

A captação das imagens foi uma iniciativa de engajamento com o público interno da Neoenergia. Durante os registros, uma colaboradora da organização participou de uma imersão nas atividades do Coralizar e teve a oportunidade de conhecer o processo de restauração, manutenção e adaptação de recifes de corais.

 

Esses animais, depositados no leito marinho após serem desprendidos de suas colônias por ação humana, das correntezas ou das mudanças climáticas, são coletados e instalados em berçários construídos em piscinas naturais ou laboratórios em Tamandaré e Ipojuca, onde passam por um processo de regeneração até poderem ser inseridos no meio ambiente.

Rudã Santos, CEO/Diretor da Biofábrica de Corais, parceira na realização do Coralizar, destaca o impacto positivo da iniciativa, que também desenvolveu um programa de turismo regenerativo para conscientizar a sociedade acerca da relevância dessas espécies para a biodiversidade marinha.

"Em 2024, passamos pela quarta onda de branqueamento dos corais. A gente vai ter várias notícias dizendo que teve mortalidade de 90%, 95%, 99%. Graças a nossa parceria, no berçário em Porto de Galinhas, você consegue ver alguns corais vivos. É uma taxa de sobrevivência bem maior que a taxa do coral natural”, explica Rudã Santos.

 

Expedição aos corais de águas profundas

Entender como os corais de águas profundas (mesofóticos) sobrevivem frente às mudanças climáticas também é parte do trabalho desenvolvido pelo Coralizar, pois ajuda a estabelecer estratégias de conservação das espécies que vivem em águas rasas e são mais sensíveis aos impactos das mudanças climáticas, como as encontradas no litoral de Pernambuco.

Em 2021, o projeto realizou uma expedição de noves dias aos montes submarinos da cadeia de Fernando de Noronha, incluindo a Reserva Biológica do Atol das Rocas, unidade de conservação ambiental localizada a cerca de 150 quilômetros de Fernando de Noronha. Na expedição foram mapeados 34 quilômetros de fundo marinho e descobertas novas espécies de corais não catalogadas pela literatura científica.

 

Podcast sobre corais

 

Em 2022, o Coralizar lançou um podcast com cinco episódios abordando temáticas relacionadas ao universo dos corais, oferecendo à sociedade a oportunidade de entender melhor a função deles para a manutenção da biodiversidade marinha, quais são as ameaças trazidas pelas mudanças climáticas à sua existência e a importância da preservação dessas espécies para o alcance do desenvolvimento sustentável.