Neoenergia aposta em transição energética no Brasil, com foco em geração eólica
O mundo vive uma transição energética: se há poucas décadas os combustíveis fósseis eram protagonistas das políticas globais, no século 21, o destaque é das fontes limpas. A Neoenergia é pioneira nessa tendência no Brasil, atuando com a estratégia de fornecer energias renováveis e contribuir para a descarbonização e a eletrificação no país. Na saída da crise econômica atual, a companhia acredita na chamada retomada verde, ou seja, um retorno das atividades de forma mais sustentável. O grupo está atento a novas oportunidades e intensificou seus investimentos em geração eólica, com a construção de dois complexos – Chafariz (PB) e Oitis (BA e PI), que somam mais de 1 GW de capacidade instalada – e a aquisição de projetos na Bahia, com potência de 400 MW.
“A expansão da carteira de energia eólica é estratégica porque essa é uma fonte que não emite gases do efeito estufa na produção e sua instalação traz inúmeros benefícios, como a geração de emprego e renda. A geração eólica está completamente alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável prioritários para a companhia, que são os de assegurar o acesso à energia limpa e agir no combate às mudanças climáticas, de números 7 e 13 na Agenda 2030 das Nações Unidas”, afirma o gerente de Construção de Renováveis da Neoenergia, William Carneiro.
O foco da companhia em eólica segue a estratégia do seu acionista controlador, o grupo espanhol Iberdrola, líder mundial em energias renováveis que tem a transição energética como propósito corporativo. A empresa acaba de lançar o Plano Iberdrola 2020-2025, em que prevê investimentos de 75 bilhões de euros em cinco anos, sendo a maior parte para essas fontes de energia. O grupo é signatário de um manifesto publicado este ano pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês) para apontar a necessidade de estimular o crescimento da energia eólica, como um pilar para a recuperação da economia global após a pandemia de covid-19.
De acordo com a Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês), os investimentos em energias renováveis e a adoção de medidas de eficiência energética podem ser responsáveis por 90% da redução das emissões de carbono necessárias para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Para a agência, o desenvolvimento tecnológico e a redução nos custos de produção de energia por meio das fontes renováveis contribuem com a sua expansão. A Iberdrola aponta que o custo para a produção de energia eólica caiu 70% desde 2010, ao mesmo tempo que a eficiência aumenta.
DESCARBONIZAÇÃO
A Neoenergia tem como meta, alinhada à política global da Iberdrola, atingir a neutralidade em carbono até 2050 e, para isso, aumentar a geração de energia eólica é essencial, contribuindo com transição energética e a eletrificação da economia – como é chamada a substituição dos combustíveis fósseis, responsáveis por aproximadamente dois terços das emissões mundiais de gases de efeito estufa.
O objetivo é de contribuir para manter o aumento da temperatura média mundial abaixo de 1,5°C. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) afirma que os riscos de problemas como o aumento do nível do mar e a extinção de espécies é drasticamente menor se for mantido esse nível do que se o aquecimento chegar a 2°C, o que depende de ações efetivas para a descarbonização. Desde 1980, a temperatura no planeta aumentou 1,1°C.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), em 2019, essa fonte de energia evitou a emissão de 22,85 milhões de toneladas de CO2 no país, o que equivale à emissão anual de cerca de 21,7 milhões de automóveis, ou seja, três vezes a frota de veículos de passeio da cidade de São Paulo – apenas o setor de transporte, por exemplo, é responsável por um quarto das emissões de CO2 no mundo.
No Brasil, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) projeta, em seu Plano Decenal, que a participação das fontes de energia eólica e solar na oferta deve passar de 11% para 16% em 2030, enquanto as termelétricas devem cair de 14% para 8%. Até 2022, com a conclusão dos dois complexos que estão em desenvolvimento, a companhia atingirá 1,6 GW de capacidade instalada eólica. O grupo terá 90% da sua potência em renováveis, um perfil mais limpo do que a matriz brasileira.
ALÉM DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS
A expansão de fontes de energia limpas e renováveis, como a eólica, é essencial, mas a transição energética não se limita a essa ação. São necessários investimentos em mobilidade elétrica, armazenamento, automação de redes e inovação. Essas mudanças representam mais qualidade de vida para as pessoas.
A Neoenergia tem projetos em todas essas áreas. Um deles é o Energia do Futuro, em que a companhia transformou a região de Atibaia (SP) em um exemplo nacional da nova estratégia para distribuidoras de energia, em que passarão a ser Operadoras de Sistema de Distribuição (DSO, na sigla em inglês), contando com sistemas de tempo real, analytics e big data, além de equipamentos de medição inteligente, religação automatizada e geração distribuída de energia. Outro exemplo é a iniciativa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) que instalou baterias para melhorar o aproveitamento da energia solar gerada em Fernando de Noronha, que abastece cerca de 10% do arquipélago. A companhia ainda adquiriu uma frota própria de veículos elétricos para uso em atividades administrativas.
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