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ENASE 2023: Neoenergia reafirma compromisso com metas ESG para evolução do mercado de energia
A agenda ESG (siga em inglês para ambiental, social e governança) desempenha um papel fundamental na evolução do mercado de energia, uma vez que oferece às empresas um diferencial competitivo. A visão integrada de práticas sustentáveis à estratégia de negócios foi debatida nesta quinta-feira pela diretora vice-presidente de Regulação, Institucional e Sustentabilidade da Neoenergia, Solange Ribeiro, durante o Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase), no Rio de Janeiro.
“A melhor forma de descarbonizar o mundo é por meio da energia limpa. O setor elétrico brasileiro já é verde. Temos a oportunidade de eletrificar mercados que ainda têm dificuldade de descarbonização, como a indústria química e automotiva. Nesse sentido, o hidrogênio verde é uma tecnologia que terá um papel fundamental nesse processo", afirmou a executiva, que participou da palestra “A transformação do setor como desafio do século XXI", ao lado de outros representantes do setor de energia. O Enase 2023 celebrou 20 anos.
Para Solange Ribeiro, as empresas de energia devem assumir metas no longo prazo com ações sustentáveis em benefício do meio ambiente e que também sejam socialmente responsáveis. Ela também considerou que nesse cenário de evolução das tecnologias e aumento com a preocupação ambiental, a sociedade passa a demandar produtos sustentáveis, participando de forma mais ativa no mercado de energia. Dessa forma, os parâmetros ESG têm o poder de influenciar positivamente consumidores, colaboradores e comunidades.
“Temos que olhar para todos os públicos, além dos acionistas a fim de estabelecer um diálogo mais próximo com a sociedade como um todo", completou. A executiva também é vice-presidente do Conselho do Pacto Global da ONU e, recentemente, foi eleita presidente do Conselho de Administração do Operador Nacional do Sistema (ONS).
Outro desafio do mercado apontado pela executiva é a busca por novas soluções energéticas alinhadas com os pilares de sustentabilidade, acessibilidade e segurança. “Energia e metas ESG não são mais opção para as empresas. Considerando as condições climáticas do país, com a maior parte da matriz energética por fontes renováveis, estamos diante de uma grande oportunidade de expansão", defendeu.
Além disso, Solange Ribeiro salientou que atualmente o mercado exige das empresas o cumprimento de metas ESG para novos investimentos. Por essa razão, as companhias têm a oportunidade de serem percebidas pelos agentes financiadores para negócios mais atrativos, uma vez que se antecipam a impactos negativos nas três dimensões.
Ela lembrou a Neoenergia foi pioneira na captação de investimentos verdes. Este ano, a companhia assinou acordo com a International Finance Corporation (IFC), membro do Grupo Banco Mundial, para o financiamento com prazo de oito anos de um Super Green Loan, no valor de R$ 800 milhões para melhorias, expansão e digitalização da rede da Neoenergia Elektro. Este é o segundo empréstimo “verde" e vinculado à sustentabilidade, concedido pela IFC, a uma empresa de distribuição de energia na América Latina. O primeiro também foi destinado pela instituição no ano passado a uma concessionária do grupo. Na ocasião, a Neoenergia Coelba, que atende cerca de seis milhões de clientes na Bahia, recebeu financiamento no valor de R$ 550 milhões.
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