Hugo Nunes, diretor-executivo de Negócios Liberalizados
O diretor-executivo de Negócios Liberalizados da Neoenergia, Hugo Nunes, foi o executivo que representou a empresa no painel “Unidos pelo país que queremos: inovação e sustentabilidade na indústria da música”, tendo a oportunidade de falar sobre a importância da descarbonização e o futuro das energias renováveis. A ligação de Hugo com o setor vem de longa data, e sua trajetória na Neoenergia já soma mais de dez anos e hoje ele está focado em gestão de energia de geração, comercialização no atacado, bem como em projetos de geração distribuída, mobilidade elétrica e hidrogênio verde.
Nesta entrevista, Hugo compartilha insights sobre sua participação na mesa redonda, discute os desafios e oportunidades do mercado livre de energia e fala sobre como a Neoenergia está educando e engajando clientes para fazerem parte dessa transformação sustentável.
Foi uma honra poder compartilhar a visão da Neoenergia nesse espaço tão simbólico como o Rock in Rio. A música tem um poder transformador, e levar a mensagem de sustentabilidade em um evento tão grandioso é uma oportunidade incrível. Lá, discutimos como a energia limpa é uma das principais ferramentas para descarbonizar o mundo, e essa transição precisa estar no centro das estratégias das empresas.
A união das marcas Coca-Cola, Rock World e Neoenergia foi, sem dúvida, uma das grandes inovações do festival, trazendo energia limpa para impulsionar experiências. Como a Neoenergia se envolveu nessa iniciativa?
A Coca-Cola e a Rock World enxergaram na Neoenergia a parceira ideal para o movimento #peladescarbonização, e o Coke Studio se tornou o espaço perfeito para aplicar a sustentabilidade de maneira prática em um evento dessa magnitude. Toda a energia do ambiente foi gerada por soluções limpas, e essa é a mensagem que queremos passar: é possível criar experiências marcantes e, ao mesmo tempo, cuidar do planeta.
A Neoenergia lidera essa transição, e foi gratificante ver o público interagindo com nossas soluções no festival. Tivemos participação ativa também no The Town e o Lollapalooza com ações capazes de conscientizar o público sobre a importância da transição energética. Esses festivais têm sido oportunidades valiosas para ampliar o impacto do movimento da descarbonização.
Quais são as próximas metas da Neoenergia no caminho para a descarbonização?
Nossa meta é ambiciosa, mas essencial para o futuro. Queremos reduzir nossa intensidade de carbono para 20g/kWh até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2050. Hoje, cerca de 90% da nossa geração é proveniente de fontes renováveis, e isso é apenas o começo. A transição energética no Brasil exige inovação contínua, e estamos comprometidos com essa missão.
A Roberta Medina, CEO da Rock World, e que participou do mesmo painel diz com frequência que “se a música sempre ajudou a conquistar a liberdade, agora é o momento de ajudar a sustentabilidade”. Qual é a importância dessa conexão para a Neoenergia?
A música é uma forma poderosa de engajar e inspirar, e esse vínculo com a sustentabilidade faz todo sentido. A liberdade que buscamos agora é a de viver em um mundo mais justo e equilibrado, onde as escolhas sustentáveis são prioridade. A Neoenergia está comprometida em promover essa transformação, e o Rock in Rio foi o palco ideal para levar essa mensagem às novas gerações.
Nosso país é naturalmente privilegiado em termos de recursos renováveis, e a Neoenergia está na linha de frente dessa transformação. Com 90% da nossa matriz vinda de fontes limpas, estamos acima da média nacional e sempre buscamos expandir a atuação em energia solar e eólica. Atualmente, contamos com 44 parques eólicos, sete hidrelétricas e dois parques solares em operação ou em construção. As oportunidades são imensas, e investimos para garantir um abastecimento sustentável, aproveitando ao máximo nosso clima tropical e recursos naturais.
A transição energética é uma das principais formas de combater as mudanças climáticas. Quais são os desafios que a Neoenergia e o setor elétrico enfrentam para acelerar essa transição?
Apesar dos avanços, ainda enfrentamos desafios significativos, como entraves regulatórios e a necessidade de modernização tecnológica e de infraestrutura.
Como a diretoria de negócios liberalizados contribui para a expansão das fontes renováveis e para a descarbonização no Brasil? E como os clientes estão se adaptando a essas novas soluções?
Nossa diretoria é estratégica para o futuro, pois oferece aos clientes a possibilidade de escolherem fontes de energia renováveis de forma flexível no mercado livre. Facilitamos o acesso a soluções sustentáveis e customizadas, ajudando empresas a reduzir suas emissões de carbono e a otimizar o consumo energético.
Ainda assim, muitos clientes estão no processo de entender como isso funciona. O mercado livre de energia é relativamente novo para alguns, então nosso papel é mostrar os benefícios. Oferecemos consultoria especializada e soluções como mobilidade elétrica e hidrogênio verde, essenciais para a descarbonização e competitividade a longo prazo.
Em relação aos clientes, como a Neoenergia está ajudando as empresas a aproveitarem as oportunidades da transição energética? Quais são os maiores desafios que vocês identificam?
Nossos clientes são nossos principais ativos, e notamos um interesse crescente em relação às novas possibilidades. Como disse, muitos ainda não compreendem o funcionamento completo do mercado livre e como podem adotar soluções renováveis de forma eficaz. Nosso foco é educá-los e estarmos presentes para que façam essa transição de maneira tranquila e econômica. O desafio está em desmistificar o processo e mostrar os benefícios de longo prazo, tanto financeiros quanto ambientais.
Marcas relevantes, como a Neoenergia, têm a capacidade de gerar mudanças relevantes. Como você avalia essa união para promover a compreensão de temas complexos como a descarbonização?
As grandes marcas têm um poder imenso de gerar impacto, e isso vai muito além dos produtos ou serviços que oferecemos. No caso da Neoenergia, estamos trabalhando em parceria com a Rock World e marcas, como a Coca, para comunicar a urgência da descarbonização de uma forma que realmente ressoe com o público, especialmente os jovens. Usar uma linguagem acessível e exemplos práticos é essencial para que as pessoas entendam que a transição energética é algo que as afeta diretamente e que podem fazer parte dessa mudança.
São esforços coordenados, como o movimento #peladescarbonização no Rock in Rio, que ajudam a transformar um tema complexo em algo tangível e próximo das pessoas. Queremos mostrar que a sustentabilidade pode ser integrada ao cotidiano e que pequenas ações podem gerar grandes impactos no futuro. Trabalhando juntos, marcas e sociedade, conseguimos amplificar essa mensagem e promover uma mudança real.