- Productos y Soluciones
Eduardo Capelastegui, CEO da Neoenergia
A Neoenergia encerrou o primeiro trimestre de 2025 com sólido desempenho operacional, em linha com a estratégia de disciplina financeira e eficiência. A energia injetada cresceu 3,6% em comparação ao primeiro trimestre de 2024, o EBITDA totalizou R$ 3,7 bilhões, um crescimento de 6% sobre o mesmo período do ano anterior, e as despesas operacionais ficaram abaixo da inflação. Em entrevista, nosso CEO Eduardo Capelastegui comenta os principais resultados e perspectivas para os próximos trimestres.

Como avalia o desempenho da Neoenergia no primeiro trimestre de 2025?
Encerramos o trimestre com avanços consistentes. A energia injetada subiu 3,6% frente ao primeiro trimestre de 2024, impulsionada pela expansão da base de clientes e pelas condições climáticas favoráveis no Nordeste. O EBITDA aumentou 6% em comparação ao 1T24, refletindo a evolução operacional e o rigor na gestão de custos. Esse desempenho consolida uma base sólida para os próximos trimestres.
A Neoenergia segue focada na gestão financeira. Que pontos ilustram essa estratégia?
Priorizamos a disciplina em todas as frentes. No período, controlamos despesas operacionais em relação ao primeiro trimestre de 2024, mesmo com a expansão do mercado e o cenário inflacionário. Além disso, avançamos na rotação de ativos, como a venda de 50% de Itabapoana, gerando valor para nossos acionistas. Essas ações preservam nossa capacidade de investir com segurança e visão de longo prazo.
Como a companhia está posicionada em termos de estrutura de capital e endividamento?
Seguimos priorizando a gestão responsável de recursos. No trimestre, contratamos novos financiamentos de longo prazo, o que reforça nossa posição de liquidez em um ambiente de juros elevados. A rotação de ativos, como a venda de 50% de Itabapoana ao GIC, complementa essa estratégia, fortalecendo o caixa e diminuindo a alavancagem, garantindo nossa capacidade de investimento. Mantemos uma gestão ativa do balanço para reduzir riscos e assegurar solidez financeira de longo prazo.
Em redes, quais movimentos mais reforçam o desempenho do trimestre?
O segmento manteve trajetória positiva. O EBITDA avançou 12% em relação ao primeiro trimestre de 2024, impulsionado pela ampliação da base de clientes, volume das distribuidoras e entrada de novos ativos de transmissão. Reforçamos a eficiência operacional e ampliamos a robustez do nosso mix de ativos.
Vale destacar o excelente resultado dos processos tarifários realizados em abril de 2025, que trouxeram avanços positivos tanto nos reajustes anuais de Neoenergia Coelba e Cosern, quanto na revisão tarifária periódica de Neoenergia Pernambuco, fortalecendo o equilíbrio econômico-financeiro das distribuidoras.
Qual a evolução observada nos índices de perdas?
As ações implantadas, combinadas com a futura cobertura tarifária, que contemplam os impactos da geração distribuída, reforçam uma tendência de melhoria contínua, aumentando a eficiência e fortalecendo o equilíbrio econômico-financeiro das concessões.
Quais foram os destaques nos negócios de geração de energia?
A geração eólica e solar cresceu 23% em relação ao primeiro trimestre de 2024, refletindo melhor desempenho dos ativos e condições climáticas favoráveis. Na geração térmica, a Termopernambuco segue operando sob o novo contrato de capacidade. Consolidamos assim um portfólio diversificado e competitivo.


Como evoluíram os projetos de transmissão?
Estamos finalizando a fase de construção dos 4 últimos lotes, com entregas relevantes neste ano e finalizando o ciclo de investimentos em transmissão iniciado em 2017, cuja expansão teve foco na geração de valor de longo prazo. As entregas fortalecem nossa posição no setor e irão contribuir progressivamente para a geração de caixa, elevando a estabilidade e a rentabilidade do portfólio de redes da companhia.
Qual a importância estratégica da venda de Itabapoana?
A rotação de ativos é um movimento estratégico iniciado em 2022 para fortalecer o caixa, desalavancar a Companhia e realocar capital em ativos mais aderentes à nossa visão de longo prazo. A venda de 50% de Itabapoana, somada à venda da nossa participação em Baixo Iguaçu, anunciada no quarto trimestre do ano passado, reforça nossa estratégia de otimização de alocação de capital com geração de valor para os acionistas e foco na desalavancagem.
Como a Neoenergia avalia a estratégia de renovação das concessões de distribuição?
O segmento de distribuição é central para nossa estratégia de longo prazo e é de nosso total interesse renovar as concessões elegíveis.


Quais as perspectivas da companhia para o restante de 2025?
Seguiremos orientados pela eficiência operacional, disciplina financeira e foco em resultados sustentáveis. A consolidação dos avanços obtidos no negócio de redes, a captura dos efeitos tarifários e a maturação dos novos ativos de transmissão irão fortalecer nossa geração de caixa. Desde o IPO, em 2019, mais que dobramos o EBITDA da companhia, um crescimento de 120%, o que reforça nossa capacidade de execução e expansão com disciplina. Atuamos de forma consistente para posicionar a Neoenergia como protagonista na transformação do setor elétrico nos próximos anos.