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O Rock in Rio 2024 não foi apenas mais uma edição de um dos principais festivais do mundo. Além de celebrar seus 40 anos, foi também um palco para iniciativas de sustentabilidade. A Coca-Cola e a Rock World, empresa que produz o evento, se uniram à Neoenergia no movimento #peladescarbonização. Juntos, reuniram diversos especialistas e marcas para discutir o assunto. O debate aconteceu no Coke Studio, um espaço movido 100% por energia limpa, construído na cidade do rock, onde o público pôde vivenciar experiências sustentáveis ao longo do festival. 

O diretor-executivo de Negócios Liberalizados da Neoenergia, Hugo Nunes, foi o executivo que representou a empresa no painel “Unidos pelo país que queremos: inovação e sustentabilidade na indústria da música”, tendo a oportunidade de falar sobre a importância da descarbonização e o futuro das energias renováveis. A ligação de Hugo com o setor vem de longa data, e sua trajetória na Neoenergia já soma mais de dez anos e hoje ele está focado em gestão de energia de geração, comercialização no atacado, bem como em projetos de geração distribuída, mobilidade elétrica e hidrogênio verde.

Nesta entrevista, Hugo compartilha insights sobre sua participação na mesa redonda, discute os desafios e oportunidades do mercado livre de energia e fala sobre como a Neoenergia está educando e engajando clientes para fazerem parte dessa transformação sustentável.
Hugo, você participou de um painel no Rock in Rio abordando inovação e sustentabilidade na música. Como foi representar a Neoenergia nesse evento?

Foi uma honra poder compartilhar a visão da Neoenergia nesse espaço tão simbólico como o Rock in Rio. A música tem um poder transformador, e levar a mensagem de sustentabilidade em um evento tão grandioso é uma oportunidade incrível. Lá, discutimos como a energia limpa é uma das principais ferramentas para descarbonizar o mundo, e essa transição precisa estar no centro das estratégias das empresas.

A união das marcas Coca-Cola, Rock World e Neoenergia foi, sem dúvida, uma das grandes inovações do festival, trazendo energia limpa para impulsionar experiências. Como a Neoenergia se envolveu nessa iniciativa?

A Coca-Cola e a Rock World enxergaram na Neoenergia a parceira ideal para o movimento #peladescarbonização, e o Coke Studio se tornou o espaço perfeito para aplicar a sustentabilidade de maneira prática em um evento dessa magnitude. Toda a energia do ambiente foi gerada por soluções limpas, e essa é a mensagem que queremos passar: é possível criar experiências marcantes e, ao mesmo tempo, cuidar do planeta.

A Neoenergia lidera essa transição, e foi gratificante ver o público interagindo com nossas soluções no festival. Tivemos participação ativa também no The Town e o Lollapalooza com ações capazes de conscientizar o público sobre a importância da transição energética. Esses festivais têm sido oportunidades valiosas para ampliar o impacto do movimento da descarbonização.

Quais são as próximas metas da Neoenergia no caminho para a descarbonização?

Nossa meta é ambiciosa, mas essencial para o futuro. Queremos reduzir nossa intensidade de carbono para 20g/kWh até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2050. Hoje, cerca de 90% da nossa geração é proveniente de fontes renováveis, e isso é apenas o começo. A transição energética no Brasil exige inovação contínua, e estamos comprometidos com essa missão.

A Roberta Medina, CEO da Rock World, e que participou do mesmo painel diz com frequência que “se a música sempre ajudou a conquistar a liberdade, agora é o momento de ajudar a sustentabilidade”. Qual é a importância dessa conexão para a Neoenergia?

A música é uma forma poderosa de engajar e inspirar, e esse vínculo com a sustentabilidade faz todo sentido. A liberdade que buscamos agora é a de viver em um mundo mais justo e equilibrado, onde as escolhas sustentáveis são prioridade. A Neoenergia está comprometida em promover essa transformação, e o Rock in Rio foi o palco ideal para levar essa mensagem às novas gerações.

O Brasil tem uma matriz energética majoritariamente renovável, com 85% de energia limpa. Como você enxerga o papel da Neoenergia nesse cenário e quais são as oportunidades de expansão para fontes como solar e eólica?

Nosso país é naturalmente privilegiado em termos de recursos renováveis, e a Neoenergia está na linha de frente dessa transformação. Com 90% da nossa matriz vinda de fontes limpas, estamos acima da média nacional e sempre buscamos expandir a atuação em energia solar e eólica. Atualmente, contamos com 44 parques eólicos, sete hidrelétricas e dois parques solares em operação ou em construção. As oportunidades são imensas, e investimos para garantir um abastecimento sustentável, aproveitando ao máximo nosso clima tropical e recursos naturais.

A transição energética é uma das principais formas de combater as mudanças climáticas. Quais são os desafios que a Neoenergia e o setor elétrico enfrentam para acelerar essa transição?

Apesar dos avanços, ainda enfrentamos desafios significativos, como entraves regulatórios e a necessidade de modernização tecnológica e de infraestrutura.
No setor elétrico, que muitas vezes é visto como tradicional, precisamos superar essas barreiras para continuar crescendo de forma sustentável. A Neoenergia tem um papel de liderança nesse processo e continuará trabalhando para acelerar a transição energética no Brasil.

Como a diretoria de negócios liberalizados contribui para a expansão das fontes renováveis e para a descarbonização no Brasil? E como os clientes estão se adaptando a essas novas soluções?

Nossa diretoria é estratégica para o futuro, pois oferece aos clientes a possibilidade de escolherem fontes de energia renováveis de forma flexível no mercado livre. Facilitamos o acesso a soluções sustentáveis e customizadas, ajudando empresas a reduzir suas emissões de carbono e a otimizar o consumo energético.

Ainda assim, muitos clientes estão no processo de entender como isso funciona. O mercado livre de energia é relativamente novo para alguns, então nosso papel é mostrar os benefícios. Oferecemos consultoria especializada e soluções como mobilidade elétrica e hidrogênio verde, essenciais para a descarbonização e competitividade a longo prazo.

Em relação aos clientes, como a Neoenergia está ajudando as empresas a aproveitarem as oportunidades da transição energética? Quais são os maiores desafios que vocês identificam?

Nossos clientes são nossos principais ativos, e notamos um interesse crescente em relação às novas possibilidades. Como disse, muitos ainda não compreendem o funcionamento completo do mercado livre e como podem adotar soluções renováveis de forma eficaz. Nosso foco é educá-los e estarmos presentes para que façam essa transição de maneira tranquila e econômica. O desafio está em desmistificar o processo e mostrar os benefícios de longo prazo, tanto financeiros quanto ambientais.

Marcas relevantes, como a Neoenergia, têm a capacidade de gerar mudanças relevantes. Como você avalia essa união para promover a compreensão de temas complexos como a descarbonização?

As grandes marcas têm um poder imenso de gerar impacto, e isso vai muito além dos produtos ou serviços que oferecemos. No caso da Neoenergia, estamos trabalhando em parceria com a Rock World e marcas, como a Coca, para comunicar a urgência da descarbonização de uma forma que realmente ressoe com o público, especialmente os jovens. Usar uma linguagem acessível e exemplos práticos é essencial para que as pessoas entendam que a transição energética é algo que as afeta diretamente e que podem fazer parte dessa mudança.

São esforços coordenados, como o movimento #peladescarbonização no Rock in Rio, que ajudam a transformar um tema complexo em algo tangível e próximo das pessoas. Queremos mostrar que a sustentabilidade pode ser integrada ao cotidiano e que pequenas ações podem gerar grandes impactos no futuro. Trabalhando juntos, marcas e sociedade, conseguimos amplificar essa mensagem e promover uma mudança real.