EN language
  • PT
  • ES

Neoenergia lança primeiro complexo de geração associada de energia renovável no Brasil

3/22/23

​​Neoenergia_Chafariz_Aerogeradores_Foto Neoenergia.jpg (800×600)​​  Neoenergia lança primeiro complexo de geração associada de energia renovável no Brasil​


 

A Neoenergia lança, nesta quarta-feira (22), o primeiro complexo de geração associada de energia renovável no Brasil. Localizado no sertão da Paraíba, o Complexo Renovável Neoenergia integra de forma inédita a geração de energia eólica e solar de Neoenergia Chafariz e Neoenergia Luzia, respectivamente. Os parques estão conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) pela subestação Neoenergia Santa Luzia II e a respectiva linha de transmissão. O investimento total soma cerca de R$ 3,5 bilhões.

A energia gerada pelo Complexo Renovável Neoenergia é de 0,6GW, suficiente para abastecer 1,3 milhão de residências por ano.  Pioneiro no país, o projeto destaca-se pela sinergia entre os ativos dos parques eólico e solar com a linha de transmissão e a subestação. Essa característica otimiza o uso da rede de transmissão em função da complementariedade das fontes.

Dessa forma, a Neoenergia atende à demanda de expansão do SIN; diversifica o seu portfólio em energia limpa; reforça seu compromisso com o desenvolvimento do setor de energia brasileiro de forma inovadora, eficiente e sustentável, como também se posiciona à frente para o crescimento da liberalização do mercado pela comercialização da energia gerada no ambiente livre.

O projeto representa a visão integrada que temos dos nossos negócios. Acreditamos que o caminho promissor para um futuro mais econômico e sustentável aponta para a geração de energia por fontes renováveis integradas através de redes inteligentes. Com o Complexo Renovável Neoenergia, alcançamos 90% da capacidade instalada em energia limpa. Estamos preparados para atender os brasileiros com confiabilidade e segurança, tendo em vista a crescente demanda do mercado livre", afirma o CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui. O executivo acrescenta que o empreendimento contou com financiamento de instituições nacionais e internacionais.

O Complexo Renovável Neoenergia se estende por uma área arrendada de 8.700 hectares, em que somente 14% está ocupada, nos municípios de Santa Luiza, Areia de Baraúnas, São Jose de Sabugi e São Mamede, na Paraíba.

Formado por 15 parques eólicos e 136 aerogeradores, Neoenergia Chafariz atua com capacidade instalada de 471,2 MW, já em operação plena desde início de 2022. Já as duas plantas de Neoenergia Luzia, com 228 mil painéis e potência instalada de 149,2 MWp, marcam a estreia da companhia na geração fotovoltaica centralizada. A energia gerada será destinada ao Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e ao Ambiente de Contratação Livre (ACL), alinhado com a estratégia de posicionamento na liberalização do mercado de energia brasileiro.  

O empreendimento se soma aos demais negócios da Neoenergia que atua em todos os segmentos do setor elétrico brasileiro. Na distribuição, a Neoenergia atende a 16 milhões de clientes na Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo e Distrito Federal.

Evento

A cerimônia de lançamento está sendo realizada no município de Santa Luzia (PB), a cerca de 300 quilômetros da capital João Pessoa, e transmitida ao vivo pelo canal do Youtube da Neoenergia.

O evento conta com a presença do CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui; do presidente executivo da Iberdrola (grupo espanhol controlador da companhia), Ignacio Galán; do governador da Paraíba, João Azevêdo e; do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, também está presente.

 

Inovação

A geração associada de diferentes fontes energéticas é uma inovação regulatória recente no país dentro do conceito de hibridação de fontes e otimização do setor. O processo do empreendimento da Neoenergia foi pioneiro no Brasil, aprovado pela Aneel no segundo semestre de 2022.

Essa estratégia teve o objetivo de aproveitar, de forma eficiente, os recursos dos complexos eólico e solar, valorizando a complementariedade dessas fontes com inovação tecnológica e otimização do uso da rede de transmissão.  Assim, de forma combinada, o parque gerador e a linha de transmissão inauguram um novo modelo de negócio, privilegiando a integração entre os negócios com criação de valor na alocação de capital e na qualidade da operação", ressalta a diretora-executiva de Renováveis, Laura Porto.

O desempenho em Renováveis contribuiu para a boa performance em 2022 da Neoenergia, que teve lucro de R$ 4,7 bilhões, 20% a mais na comparação com 2021. O lucro no segmento de negócios foi de R$ 314 milhões no acumulado do ano, o que representa uma alta relevante de 1.156% em relação a 2021. A companhia também verificou aumento da geração solar  e eólica em 70% em relação a 2021, com um total de 3.934 GWh. A matriz eólica apresentou dados expressivos, fechando o ano com alta de 66,15%, com 3.843 GWh produzidos. A geração da fonte solar no período foi de 91 GWh.

Operação

A conexão à rede será garantida pela subestação e linha de transmissão, com extensão de 345 quilômetros.  A sinergia permite uma gestão mais eficiente das duas fontes renováveis, a redução de custos e o melhor aproveitamento de todas as respectivas potencialidades, inclusive do sistema de transmissão. “Temos condições de garantirmos um sistema confiável com a geração por fontes renováveis. Para tanto, a expansão da transmissão é fundamental para permitir o escoamento dessa energia e assim acompanharmos o ritmo que a transição energética exige", afirma o Fúlvio Machado, diretor-executivo de Negócio de Redes da Neoenergia.

Pioneirismo

A execução de projetos com fontes renováveis faz parte da história da Neoenergia. A companhia foi uma das primeiras a instalar parques eólicos onshore, com Rio do Fogo (RN), em operação desde 2006, e vem firmando acordos para o desenvolvimento de projetos de novas tecnologias, como a eólica offshore, se mantendo na vanguarda nacional das fontes renováveis.

A Neoenergia segue com o compromisso de investir na descarbonização e na expansão de novas tecnologias. O crescimento em Renováveis acompanha a modernização do setor, mantendo as melhores práticas ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança), gerando valor para a sociedade e contribuindo de forma responsável para o desenvolvimento sustentável nas regiões onde a companhia atua.

Redução de CO2

Com a energia limpa produzida no Complexo Renovável Neoenergia, será possível evitar a emissão de mais de 100 mil toneladas de CO2 por ano, apoiando o combate às mudanças climáticas. Os indicadores reforçam a dedicação da Neoenergia em estimular a universalização do acesso à energia e as fontes renováveis em direção à meta de situar as emissões na geração abaixo de 20 gramas de CO2 por kWh, visando alcançar a neutralidade em carbono em 2050.

Aspectos sociais

O Complexo Renovável Neoenergia gera ainda benefícios socioeconômicos para a região. Foram realizadas mais de 680 horas de aulas de capacitação, em que foram treinadas cerca de 180 pessoas como pedreiro, carpinteiro e ferreiro. Outras 150 pessoas também foram formadas em cursos de montador de estruturas metálicas de placas solares. Essas iniciativas ampliam as oportunidades de inserção no mercado de trabalho aos moradores. Dos mais de 3,6 mil empregos diretos e indiretos criados desde a construção dos parques e da linha de transmissão, 40% foram de mão de obra local.

A implantação dos parques ainda enfrentou um grande desafio durante a pandemia de Covid-19. A Neoenergia criou um protocolo que se tornou referência para o setor elétrico brasileiro no que se refere à prevenção e cuidados dos empregados e da população local. Além disso, foram mais de 7 milhões de horas trabalhadas sem acidentes com afastamento, o que reforça o compromisso da companhia com a vida.

Outro  exemplo de iniciativa voltada para a região é o Programa SER, idealizado pelo Instituto Neoenergia e realizado pela Agência de Desenvolvimento Econômico Local (Adel), que promove ações em 14 comunidades da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Desde 2020, o programa atendeu 775 famílias, beneficiando mais de 3 mil pessoas. A iniciativa atua em pilares que impactam diretamente no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) das regiões envolvidas, atendendo aos três eixos do Índice e que também representam a sigla do projeto: Saúde, Educação e Renda.

Para entender a diferença entre usinas híbridas e usinas associadas. Veja abaixo e saiba mais aqui.

O que são usinas híbridas?

A Central Geradora Híbrida (UGH) é uma instalação para a produção de energia elétrica utilizando a combinação de mais de uma tecnologia, entre elas, eólica e solar, hidráulica e fotovoltaica, entre outras fontes integradas.

Para que seja considerado híbrido, o projeto deve ter uma única medição e uma única outorga, que é a autorização concedida pelo poder público para o projeto. No setor elétrico, o órgão responsável pela concessão para as empresas de geração é a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O que são usinas associadas?

As centrais geradoras associadas também integram duas ou mais fontes de energia, mas a diferença entre elas e as usinas híbridas está na outorga e na medição, que serão necessariamente distintas. As associadas obrigatoriamente compartilham a infraestrutura de conexão ao sistema elétrico de transmissão.

Para projetos se associarem estes devem, obrigatoriamente, serem de fontes distintas. Todavia, não há ordem estabelecida para a entrada em operação comercial ou para a obtenção da outorga. Quaisquer dos projetos poderão já estar em operação, sem prejuízo de uma associação posterior com o outro parque, desde que atendidos certos condicionantes, quais sejam: o parque que pretende se associar ao outro existente não poderá ter Contratos de Uso do Sistema de Transmissão (CUST) assinado e, deverá compartilhar as instalações de uso restrito de transmissão de forma que o ponto de conexão ao sistema de transmissão seja único.

Vantagens das usinas híbridas e associadas

Diminuição de custos e eficiência nas instalações dos projetos.

A otimização do uso da rede elétrica é o principal benefício da geração de energia por diferentes fontes que compartilham a mesma infraestrutura de transmissão. Como a energia renovável é intermitente, dependendo da disponibilidade dos recursos naturais para a produção, nos momentos em que um deles não é suficiente, o outro pode suprir a demanda utilizando um “espaço ocioso" na rede de transmissão, sem necessidade de expansão da mesma.

Na integração de plantas eólicas e solares, enquanto as fotovoltaicas têm o melhor desempenho no meio de dias ensolarados, os ventos mais adequados para a geração de energia normalmente acontecem à noite porque, sem o sol, há uma mudança na temperatura que provoca a movimentação do ar. Assim, ocorre uma complementaridade entre as fontes.

Com isso, especialmente para as usinas híbridas, é possível também dar mais previsibilidade aos projetos renováveis, reduzindo a variabilidade da geração ao longo do tempo.

Regulamentação das usinas híbridas e associadas no Brasil

As regras para as usinas híbridas e associadas foram aprovadas pela Aneel no fim de 2021 e estão na Resolução Normativa No. ​954 do órgão regulador. O documento apresenta as definições das duas modalidades de usinas

Em 2022, a Agência realizou uma consulta pública para receber contribuições do setor e da sociedade na elaboração das normas de comercialização desses empreendimentos. A Neoenergia participou ativamente do processo.

​Qual é o objetivo da regulação do setor elétrico?

O objetivo ao definir regras e diretrizes para os serviços é que eles sejam eficientes, sustentáveis e haja condições favoráveis para a livre competição no setor elétrico, com equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade. A Aneel tem a responsabilidade de elaborar as normas para todos os segmentos — geração, transmissão, distribuição e comercialização —, além dos programas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), que promove a inovação, e de Eficiência Energética (PEE), para estimular o consumo consciente.

 

 

 

Barra verde com a frase: conheça nossas metas ESG​​​

 

 

 

 

 

News