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Todo mundo sabe que o Brasil encanta por suas belezas naturais. Além disso, são muitos os monumentos que marcam a paisagem de diferentes estados, por suas características impactantes e por serem reconhecidos até internacionalmente. São Paulo não fica para trás. Quem passeia pela orla da Praia de Santos, no litoral paulista, tem uma vista belíssima para apreciar além do mar, a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, que fica no Guarujá. E quem visita esse famoso ponto turístico, à beira da Baía de Santos, também tem muito o que admirar. A Fortaleza da Barra Grande – como é conhecida –, localizada entre a Praia do Góes e a Praia de Santa Cruz dos Navegantes, traz muito da história da região e abriga o primeiro Museu Histórico da cidade, local muito visitado por estudantes. Recentemente, passou a integrar a lista de concorrentes ao título de Patrimônio Histórico pela UNESCO. 

Em 1964, a Fortaleza da Barra Grande foi reconhecida como Patrimônio Histórico Nacional pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e, em parceria com a Universidade Católica de Santos (UNISANTOS), suas salas foram restauradas e adaptadas para multiuso, trazendo um ar de contemporaneidade para o museu. 

E para valorizar ainda mais o monumento, em março de 2019, o Instituto Neoenergia lançou o projeto de iluminação da Fortaleza da Barra Grande, que o tornou ainda mais bonito. O projeto luminotécnico, além de valorizar a importância histórica do local, substituiu todo o sistema elétrico e de iluminação existentes por um novo modelo, mais eficiente. As instalações internas do prédio foram totalmente revitalizadas, iluminando e fornecendo energia em espaços que antes não eram atendidos. A área externa também recebeu novos pontos de iluminação que destacam as muralhas da fortificação. 

Além da preservação do patrimônio artístico-cultural, o novo sistema elétrico prevê uma eficiência de 25% em relação ao antigo projeto de iluminação. Os equipamentos instalados têm a previsão de durar 20 vezes mais que a iluminação convencional, o que reduz, significativamente, o custo com manutenção no local.  O projeto de revitalização foi conduzido em parceria com a Formarte e a Prefeitura de Guarujá, por meio da Secretaria de Cultura.   

O MUSEU 

A construção do Museu Histórico da Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande é uma das ações fundamentais no processo de resgate da identidade e da memória da população local. O espaço promove a valorização e a preservação do patrimônio cultural e histórico da cidade de Guarujá. O acervo é composto por peças arqueológicas encontradas na Fortaleza e seu entorno. 

O museu é também um espaço de fomento cultural e disseminação de conhecimentos, a partir da promoção de atividades como exposições, cursos, palestras, seminários, oficinas, espetáculos de música, teatro e dança. São seis salas e espaços multiusos, incluindo um mezanino para realização de pequenas apresentações ou reuniões. Visitas guiadas também são oferecidas, com atividades lúdicas e pedagógicas. 

Além do museu, uma boa dica de visitação é a Capela, que fica ao lado da Fortaleza da Barra Grande, que antes funcionava como paiol onde eram guardados os armamentos e as munições utilizadas na proteção da Fortaleza. 

COMO CHEGAR 

O acesso até a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande pode ser feito facilmente por embarcações que saem de Santos e desembarcam na entrada da Fortaleza todos os dias. Para saber mais, entre no site https://fortalezadabarra.wordpress.com/ .   

CURIOSIDADE SOBRE A FORTALEZA

Erguida durante a unificação das coroas portuguesa e espanhola (1580-1640), mais precisamente em 1584, a Fortaleza é um projeto de Giovanni Battista (Juan Bautista) Antonelli, arquiteto militar que acompanhava a esquadra espanhola do almirante Diogo Flores Valdez. Sua posição estratégica foi ocupada um ano antes, em 1583, após ação militar vitoriosa do vedor e contador da armada Andrés Eguino (Higino), contra os navios do corsário inglês Edward Fenton. Seu primeiro comandante, o Capitão Luiz da Costa de Siqueira, só foi nomeado em 1702, 118 anos após sua fundação. 

Encravado numa pilha de rochas, o monumento está projetado sobre o canal de acesso ao estuário do maior porto da América Latina. Suas paredes e muralhas espessas, construídas com grandes blocos de pedras, chamam a atenção. Em 1911, a Fortaleza da Barra Grande foi desativada e seus equipamentos e baterias foram transferidos para a Fortaleza de Itaipu. No ano de 1960, depois de 45 anos de abandono, voltou para o Círculo Militar.

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